O terceiro episódio da atual temporada de GOT, mais uma vez,
repetiu os mesmos erros do final da quinta temporada e do primeiro episódio da
sexta. De maneira lenta e pouco fluída, as tramas vão sendo aos poucos aprofundadas
e começam a se encaminhar para um clímax redefinidor. Talvez essas dificuldades
em estabelecer uma dinâmica narrativa têm como motivo o grande número de
personagens bem como também a complexidade de seus núcleos.
No entanto, algumas opções da equipe criativa da série
também são questionáveis e atrapalham o ritmo da série. Por exemplo, os núcleos
narrativos de Sam e de Arya (exibidos nesse capitulo) são arrastados, lentos e
pouco parece contribuir para o desenvolvimento dos personagens. Seria realmente
necessário abordar dessa maneira? Além disso, a narrativa deles leva a outro
problema: Quanto mais a série se encaminha para um clímax, mais esses
personagens parecem se distanciar dele.
Por sorte, a série tem tanto erros como acertos. Quatro
núcleos narrativos merecem destaque: o de Jon Snow, Bran com seus poderes de
warg, Ramsay Bolton e seu crescimento exponencial como antagonista e a trama
envolvendo Cersei, Tommen e o High Sparrow.
A história de Jon Snow chegou ao atual episódio em um
momento decisivo: Ele retorna em vida com as lembranças de sua vida passada,
executa os conspiradores e seus assassinos e abando a Patrulha da Noite. Desde
a primeira temporada, a narrativa de Snow tem sido em torno dos dilemas e desafios
da Muralha. E agora? O que será do personagem?
O núcleo de Bran tem uma função fundamental para a série:
Amarrar narrativas e fatos do passado ao desenvolvimento da trama da
série. No atual episódio, a batalha na Torre
da Alegria entre Ned Stark e Arthur Dayne foi apresentada de maneira brilhante.
Os atores foram bem escolhidos e a coreografia da batalha perfeitamente elaborada. O que a Kingsguard estava “protegendo”? Será
Lyanna e seu filho? Será que a teoria L+R = J será confirmada? Provavelmente, o
desfecho ficou para o capítulo seguinte.
A cada episódio que passa, Ramsay consolida cada vez mais
seu papel de principal antagonista da série. Dessa vez, a casa Umber (aliada
histórica dos Stark) entrega o jovem Rickon Stark para R.Bolton. No entanto,
cada vez mais podemos perceber que a trama envolvendo uma possível guerra dos
Bastardos avança. A narrativa ao norte parece ter um caminho já delineado.
Por último, temos o exemplo perfeito da condução de um
núcleo de maneira fluida e dinâmica: Os confrontos envolvendo Tommen, Cersei e
Jaime com o High Sparrow. Seguindo de
maneira acelerada, sem arrastar e nem atrasar o desenvolvimento da trama, observamos
nesse capítulo o Rei confrontando o alto pardal. Sem dúvidas, esse confronto
vai se configurando como um dos pontos altos da série.
No geral, temos nesse capitulo um esfriar no acelerado
episódio anterior. Apesar dos problemas
com os núcleos de Arya, Daenarys e Sam, a trama avança em alguns pontos primordiais
promovendo uma mudança gigantesca na narrativa de Jon Snow e nos deixando cada
vez mais curiosos para descobrir o futuro da trama. Vamos aguardar os próximos episódios!
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