segunda-feira, 18 de abril de 2016

[Crítica] | Hyper Light Drifter



  Arte excepcional, combate rápido e uma história que se esconde mais do que nerd em domingo de Fla x Flu, esse é Hyper Light Drifter. O jogo traz uma arte 8-bit bem executada, um combate simples, porém mal planejado e uma história confusa e difícil de achar mesmo quando procuramos por ela. Agora, após terminar o jogo há poucas horas, ainda não tenho certeza do que pensar.

      O jogo começa com uma apresentação interessante, intrigante, com imagens bem coloridas e com seus gráficos que imitam 8-bit saltando aos olhos. Mas a vontade logo se dispersa após as primeiras horas de jogo (morrer 157 vezes também não ajudou muito). Logo nas primeiras partes da aventura, você entende que vai ficar cercado por enxames de inimigos 24/7. Com mortes muitas vezes desnecessárias, o estímulo começou a passar e se transformar em frustração e depois em questão de honra, porque eu não ia deixar esse jogo me ganhar de jeito nenhum.

Uma coisa que me acalmava sempre, depois de repetir 10 vezes a mesma parte, foram os cenários e ambientes sempre muito bonitos e criativos. Sem dúvidas um dos pontos fortes desse projeto é a arte. Os aspectos visuais são um atrativo pros olhos de quem joga. Em várias partes me peguei parado olhando para as cenas “pintadas” ao fundo de cada área. A arte pixelada tenta contar a história que o jogo falha em apresentar, com ambientes mostrando os vestígios da destruição que passou por esse mundo.

        A história do jogo e do protagonista são incertas. Eu, como qualquer outro que tenha jogado, tenho minhas teorias, mas elas não passam de teorias. A falta de informação e talvez a presunção de que somos inteligentes o suficiente pra entender todas as informações escondidas em cada imagem que conta um pouco do enredo talvez tenha transformado algo que tinha o potencial pra ser uma história muito bem elaborada e intrigante do início ao fim em apenas um jogo a mais na prateleira. Essa mesma falta de informação tornou frustrantes embates contra alguns chefes nos quais as únicas coisas que me faltavam eram upgrades (e acabei adquirindo os certos na base da tentativa e erro).

        O combate, apesar de parecer super difícil em alguns momentos, se mostra bem simples se você não se deixar levar pela adrenalina de lutar contra grupos de inimigos grandes demais para um único Light drifter. As mecânicas simples de um hack and slash como qualquer outro se encaixam perfeitamente com os dashes - ataques de curta distância e tiros que são apresentados ao jogador - com uma quantidade decente de upgrades que não apresentam mecânicas novas, mas acrescentam uma beleza a parte ao combate.

         Hyper Light Drifter é uma experiência como nenhuma outra, te deixando abobado, frustrado e confuso. Sua arte pixelada de outro mundo, seus encontros as vezes exorbitantes e uma história que se perde em imagens que explicam pouco a quem gostaria de entender esse mundo, transformam um jogo cheio de potencial em uma experiência apenas agradável aos olhos, porém dispensável. Então minha nota para o jogo é 6,5 .

Escrito por:
Chimichanga Slayres - Sou um dos integrantes desse blog, no caso o menos letrado, e o membro que mais preenche sua vida com jogos e outros vícios eletrônicos. Após diversas epifanias sobre o que fazer com minha vida, venho aqui depois da última e mais esclarecedora delas para trazer a vocês a opinião de um tatuado compulsivo (aka eu) que gasta maior parte do seu tempo criando hype para jogos falidos.
Luiz, camarão e ação. Web Developer

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